Vivendo a quarta revolução industrial da história da humanidade, também denominada Indústria 4.0, caracterizada pelos avanços nas áreas de automação industrial, inovação, emprego da tecnologia da informação nos processos de manufatura e uma nova forma de gerenciar pessoas. Estamos na era do conhecimento e da criatividade. Mas será que a sua empresa está sendo capaz de aproveitar ao máximo o potencial criativo de seus colaboradores para gerar um diferencial competitivo?
Ideias inovadoras estão diretamente ligadas a incertezas e riscos. Criar algo completamente novo e expor suas ideais sem saber se serão bem aceitas ou ridicularizadas nos coloca em posição de vulnerabilidade. Se sentir vulnerável tem relação direta com a exposição emocional, o que nos leva a outra emoção muito contraditória: a vergonha.
Este é um dos sentimentos humanos mais primitivos e pode ser definido como: “o medo da falta de conexão e de perder o vínculo com alguém [1]” esse sentimento diminuiu a nossa tolerância a vulnerabilidade, visto que somos seres sociais criados para o amor, para os relacionamentos e para a aceitação.
Estar inserido em um ambiente em que a vergonha é usada como metodologia de gestão prejudica a criatividade e a inovação, faz com que os colaboradores se sintam desmotivados e sejam pouco produtivos. Ainda hoje existem gestores que acreditam ser essa uma forma eficiente de gerenciar equipes, evidencias desse comportamento no ambiente de trabalho podem ser: fofocas, favoritismo, assédio, intimidação, sistemas de recompensas que servem intencionalmente para diminuir, envergonhar ou humilhar os subordinados, repreensões públicas, etc
A pesquisadora americana Brene Brown em seu livro “A coragem de ser imperfeito” levanta questões relativas à importância da vulnerabilidade para o sucesso das corporações.
“Nenhuma empresa (…) pode ter sucesso sem criatividade, inovação e aprendizado permanente, e a maior ameaça a esses três elementos e a falta de motivação. (…) Para recuperar a criatividade, a inovação e o aprendizado, os lideres precisam se comprometer a reumanizar a educação e o trabalho.” [1]
Portanto, criar uma cultura organizacional onde as pessoas se sintam estimuladas a exporem suas ideias e não tenham medo de errar, mas se assim o fizerem sejam incentivadas a tentarem novamente pode trazer como resultado inovação, comprometimento e um melhor ambiente de trabalho.
Segundo Peter Sheahan, escritor, conferencista e presidente da ChangeLabs,: “Se você quer implantar uma cultura de criatividade e renovação, em que riscos concretos tem que ser assumidos tanto em nível coletivo quanto individual, comece por desenvolver nos gerentes a capacidade de estimular a vulnerabilidade em suas equipes.”
Líderes que assumem suas vulnerabilidades, incentivam esse comportamento nos membros de suas equipes e propõem uma gestão mais participativa tendem a criar um ambiente mais inovador e maximizar os resultados do seu time.
Referências para a postagem – Vulnerabilidade e criatividade nas organizações.
[1] (Brene Brown – A coragem de ser imperfeito, 137)
“Lider é alguém que assume a responsabilidade de descobrir o potencial de pessoas e situações.”
Brene Brown (A coragem de ser imperfeito,216;135)
“Somente quando temos coragem suficiente para explorara a escuridão, descobrimos o poder infinito de nossa própria luz.”
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