Por muitos anos profissionais que almejavam um crescimento na carreira e melhores salários seguiam o único caminho de assumir posições de gestão, esse era o único modo de progressão de carreira. Esse modelo gerou lideres frustrados, muitas vezes sem a menor habilidade para gerir pessoas, acarretando na desmotivação dos times, alto turnover e pouca produtividade.
As empresas se viram no desafio de encontrar um novo modelo de carreira, que permitisse que profissionais com mais aptidão técnica do que de gestão também pudessem ter prestígio, melhores salários e não se sentissem estagnados, assim surgiu a carreira em Y.
Esse modelo, como é possível de se imaginar, prevê a progressão de carreira em dois sentidos diferentes. De acordo com sua aptidão e vontade o profissional pode seguir uma carreira de gestão, assumindo cargos como: coordenação, gerencia, diretoria e C-level. Já do outro lado, o profissional se especializa em alguma área técnica, se tornando referência em conhecimento de determinado assunto e pode ocupar posições de: consultor, especialista e conselheiro.
Profissionais que optam por seguir uma carreira técnica são extremamente relevantes para o sucesso da organização, eles costumam atuar na área de inovação, pesquisando e desenvolvendo produtos e processos que tornem a empresa mais competitiva diante do mercado, trabalham na resolução de problemas, buscam aprendizado continuo.
Para as empresas essa dupla possibilidade de progressão de carreira é extremamente benéfica, as pessoas tem a possibilidade de explorar e desenvolver melhor os seus talentos e aptidões, profissionais certos nos lugares certos.
Profissionais felizes em seus empregos tendem a permanecer mais tempo no mesmo trabalho, se dedicar mais e trazer melhores resultados. Se de um lado você tem lideres com ótima capacidade de gestão, capazes de motivar os colaboradores e atingir melhores resultados do outro você tem profissionais técnicos com grande conhecimento, inovadores e criativos para se posicionar diante dos desafios.
O ser humano é incrível e tem grande capacidade de aprendizado, todo mundo pode aprender e desenvolver novas habilidades, mas nem todo mundo quer ser um gestor. É muito provável que um profissional que opte uma carreira técnica nunca venha a sentar em uma cadeira de C-level, mas isso não significa que ele não venha a ser bem sucedido. Ele pode atingir cargos do topo da pirâmide e ainda terá como prêmio desempenhar uma atividade que o faça feliz, seguir sua vocação e ter prazer no trabalho.
Deixe um comentário